fashion weeks, but make it local
- Isabella Bacci
- 13 de ago. de 2024
- 3 min de leitura
let's talk fashion
Se você assina a click cool, já está por dentro dos diferentes tipos de fashion weeks: prêt-a-porter, menswear, haute couture week, cruise e por aí vai. Hoje, vamos focar especificamente nas fashion weeks locais 📍, como a Miami Swim Week 👙 que já foi comentada por aqui.
First things first: por que as local fashion weeks estão em ascensão?
Essa foi exatamente a pergunta que me fiz ao descobrir que, só em 2024 🗓, tivemos a primeira edição da Ibiza Swim Week (julho) e teremos a Las Vegas Fashion Week (agosto) e a Chicago Fashion Week (outubro). Incrível, né? Mas, por que agora?
Todos sabemos que desde a pandemia, as pessoas estão querendo sair de casa e viver experiências - essa é a palavra-chave, experiências. Ainda, com a crescente conscientização da população sobre os impactos do mundo fashion, a busca por marcas menores locais também vêm crescendo bastante ♻️.
Tá, mas como essas fashion weeks locais vão competir com o quarteto fantástico: Nova Iorque 🗽, Londres 💂♀️, Milão 🍕 e Paris 🥖?
Esse é justamente o ponto: não vão e, para falar a verdade, nem querem competir com esses grandes nomes. A ideia desses eventos menores é justamente explorar a cultura local e encontrar uma forma de se conectar com o público de maneira a trazer algo diferente - é o que Copenhagen conseguiu fazer, por exemplo, ao se tornar a "fashion week da sustentabilidade" ♻️. Não, ela ainda não é tão grande ou importante quanto o quarteto fantástico, mas conseguiu encontrar um ângulo que ainda não era explorado e que faz sentido com a cultura local.
"Nenhuma cidade é criada de forma igual. Para ter uma semana de moda bem-sucedida, você precisa curar a experiência para atender às necessidades da cidade e ao que estamos celebrando dentro daquela cidade."
Ciarra Pardo, cofundadora da N4xt Experiences e da Los Angeles Fashion Week, em tradução livre.
Quando eu digo que elas não querem competir com o quarteto fantástico, não querem mesmo: segundo Sheila Rashid, uma das sete estilistas a se apresentar na noite de abertura da Chicago Fashion Week, "Eu não precisei pagar 💰 nada. Basicamente, eles só querem que eu apareça com meus looks. Eles fornecem as modelos 💃, cabelo 💆♀️, maquiagem 💄, a passarela, tudo. Acho isso muito legal" - diferentemente do que acontece nas fashion weeks tradicionais, nas quais são cobrados preços exorbitantes das marcas que querem participar.
Aqui, designers independentes conseguem expor suas marcas - para você ter uma noção, Peter Do, que já participou das semanas de moda de NYC 🗽 e Paris 🥖, explicou a GQ que o mínimo para fazer um desfile nessas cidades é de 💸 300 mil dólares, preço absolutamente inacessível para aqueles que estão começando no mercado. Aposto que agora você achou ainda mais legal que as marcas participantes da abertura da Chicago Fashion Week não terão custo algum, né?
"O mais importante é que isso traz um destaque para alguns dos designers mais jovens de Chicago. (…) Quanto mais você mostra, melhor você fica nisso. Quanto mais feedback você recebe das pessoas, mais você aprende sobre sua marca."
Maria Pinto, uma estilista baseada em Chicago que já vestiu Michelle Obama e também está se apresentando na noite de abertura, em tradução livre.
Por isso, é extremamente importante que negócios locais e estudantes tenham oportunidades para mostrar - e melhorar - seu trabalho.
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