wellness everywhere

O bem-estar se apossou de tudo. Isso é ruim? 🤨 Vemos todos os alimentos virando proteína, eventos sociais virando aulões fitness e viagens virando retiros. 🤸‍♀️ No cerne de tudo isso: uma mudança no conceito de juventude.

É fácil entender porque a geração X está preocupada com a longevidade 👵, afinal são inúmeras as novas descobertasda medicina e de outros conhecimentos em saúde que os ajudam a viver melhor nos anos que estão por vir. 📆 Em contraste, quando falamos sobre prejuvenescimento vimos que quem está em busca de longevidade ainda nem alcançou a meia-vida. 

Também conseguimos entender a busca por autocuidado da geração Y: viveram intensamente o amplo acesso a baladas e álcool. 🍷 A vida noturna era glamurosa, as raves estavam no auge e as it girls romantizavam o uso de drogas. Assim, é de se esperar que após todos esses anos, um pouco de bem-estar seja tão desejado. 🧘‍♀️ No entanto, quem está negando as bebidas alcoólicas, a vida noturna e as calorias vazias são aqueles que nunca experimentaram toda essa loucura - seja pela pouca idade ou pelo isolamento da Covid-19. 😷

Então, a dúvida que se instaura é: se hoje os jovens buscam abstenção e hiperindividualismo, será que, no longo prazo, teremos uma geração inteira frustrada por ter “pulado etapas” e seguido o efeito manada? 💭 Isso me lembra um vídeo incrível que vi do Pedro Bial esses dias sobre adolescência.

Será que a juventude atual está perdendo a rebeldia, o risco, a incerteza e ousadia? 😎 Ou será que a onda de bem-estar tem, de fato, promovido vidas mais saudáveis, longevas e felizes? 👐

De um lado, temos o movimento wellness everywhere, as influenciadoras fitness, os recordes de academias, o turismo do bem-estar e a ditadura das proteínas. 🏋️‍♀️ Por outro, temos a contra-corrente, o anti-wellness, o brat-summer, a volta dos cigarros e a aclamação por comfort foods. 🍔 Com isso, o que resta é a crescente reflexão: equilíbrio é se abster de todas as “tentações” ou conseguir viver com os dois opostos? ⚖️ Talvez, no fim, o segredo seja aceitar a falta de controle e o fato de que viver também é sair da linha.